Segundo dia de NOS Alive: Fogo!!!
Se existe uma palavra para descrever o que aconteceu neste dia de festival, essa palavra é, sem dúvida, fogo. Pelo calor, pela actuação de Florence + The Machine e pelo incrível vestido vermelho dela que inundou o palco e deu cor a este festival!
Os termómetros marcaram os 37ºC pelas três da tarde, com os primeiros fãs a entrarem pelas portas e com muito entusiasmo para o segundo dia. O recinto esteve consideravelmente mais cheio, com muitos brilhos e lantejoulas, e gente claramente gira!
No Palco Heineken contámos com algumas atuações surpreendentes. Começamos por Alec Benjamin que encantou as fãs com o seu estilo descontraído, humilde e divertido. E se elas sabiam as letras na ponta da língua? Obviamente!! O cantor americano não escondeu a felicidade de estar em Portugal e o facto de este ter sido um dos seus melhores espetáculos em termos de acolhimento pelo público! Ao som de "Let Me Down Slowly" abriu-se caminho para uma noite encantadora.
Ainda neste palco, Seasick Steve, um artista multifacetado que nos deixa presos às suas dinâmicas em palco, nem que seja pela curiosidade do que vai acontecer a seguir. Já para não falar da sua lindíssima guitarra, personalizada de forma a conquistar qualquer um! Não é uma novidade, mas cai sempre bem numa noite de verão.
Passando para o Palco NOS, Os Quatro e Meia abriram da melhor forma possível a tarde escaldante que se fez sentir, cheios de estilo nos seus fatos - que grande ideia para o calor que estava - e com os grandes sucessos que os tornam, sem dúvida, numa das maiores bandas portuguesas que temos. De Coimbra para o NOS Alive, estes seis amigos fizeram a plateia "Sentir o Sol" e vieram com tudo para provar que merecem este lugar.
Nas palavras de Cristiana Pires, o extra obrigatório deste festival é mesmo o Palco Comédia, principalmente depois do show da Beatriz Gosta, de onde muitos saíram, no mínimo, com dores de barriga de tanto rir!
Já o sol começava a tocar a linha do horizonte e foi a vez de Celeste. Com uma voz inacreditável para correr os riscos que quiser, cantou e encantou com um misto de Jazz e Soul. "Brings Me Back to You" foi, sem dúvida, um dos momentos a destacar, para um mulherão que sabe estar para as câmeras, passar e desfilar!
Numa linha semelhante, mas com uma voz que cheira a mel e transpira naturalidade, chegou a super talentosa Jorja Smith. Com apenas 25 anos, tem todo o mérito para ganhar o palco principal e abrir a noite com as suas melodias e uma merecida homenagem a Amy Winehouse com "Stronger Than Me".
Com a sua voz quente, faz justiça ao R&B e mete algumas lágrimas no canto do olho, para os maiores fãs, para os românticos e para os apaixonados.
Estava a noite a mais de meio, quando chegou a vez de Florence. E que show! Uma chegada para se redimir por situações do passado, meteu os fãs a saltar e a vibrar ao som da sua voz inconfundível. Para muitos, o som da adolescência, para outros a companhia das viagens de carro, com sucessos como "Dog Days Are Over" e "Shake It Of", encheu o palco de saltos e energia.
Pelo meio foi feito um pedido: o de não usar telefones e olhar para quem estava à volta, interagir e aproveitar esta noção de comunidade ao máximo. Se este festival tivesse óscares, esta mulher merecia um certamente!
E a noite encerrou com o trio britânico Alt-J, em que depois da atuação de Florence fica difícil surpreender, mas cai sempre bem como aquele snack antes de dormir. É a quarta vez que a banda marca presença, com os espetáculos de luzes e temas muito bem recebidos como "Left Hand Free" e "In Cold Blood".
Para o terceiro dia espera-se uma enchente negra de olhos postos em Metallica. As expectativas sobrem ao longo do decorrer do festival, principalmente pelo facto de os bilhetes se encontrarem esgotados.
