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Billie Eilish

Descubra o novo mundo de Billie Eilish em "Hit Me Hard and Soft"

Billie Eilish, aos 22 anos, lança "Hit Me Hard and Soft", o seu terceiro álbum de estúdio, editado no dia 10 de maio. Este trabalho destaca-se pela liberdade criativa e produção inovadora, oferecendo uma viagem emocional que desafia convenções e confirma Eilish como uma das vozes mais influentes da sua geração.

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Ana Quintanilha
Jornalista
Sexta-feira, 17 de Maio de 2024, às 17:00

Billie Eilish pode não ser a primeira artista que vem à cabeça quando se pensa em sucessos meteóricos. Desde o início da sua carreira aos 15 anos, a jovem cantora tem construído o seu percurso de forma consistente, com hits como "Ocean Eyes" e "Lovely", que a ajudaram a criar uma base sólida de fãs. Em Portugal, Eilish estreou-se em grande, com um concerto esgotado na Meo Arena em setembro de 2019, demonstrando que o seu fenómeno foi tudo menos instantâneo.

"Hit Me Hard and Soft" é um álbum que revela a maturidade e complexidade de Billie Eilish. A jovem artista, em colaboração com o seu irmão Finneas, explora novas sonoridades e temas profundos ao longo das faixas. Desde a abertura com "Skinny", uma auto-análise sensível, até à provocadora "Lunch", onde Eilish aborda a sua atração por mulheres, o álbum é um percurso pelos vários estados emocionais da cantora.

"Skinny" reflete sobre a primeira vez que Eilish se apaixonou, explorando questões de autoimagem com versos como "people say I look happy / just because I got skinny / but the old me is still me and maybe the real me / and I think she’s pretty". A canção desliza delicadamente para "Lunch", onde Eilish assume a sua orientação sexual com versos explícitos e provocadores, revelando uma nova faceta da sua personalidade: "I could eat that girl for lunch / yeah, she dances on my tongue / tastes like she might be the one / and I could never get enough."

Outro destaque é "Chihiro", inspirada no filme de Hayao Miyazaki, que aborda desencontros. "Birds of a Feather" intensifica-se aos poucos, explorando o desejo de um amor imortal com a linha "might not be forever / but if it’s forever, it’s even better". "Wildflower" mantém a toada apaixonada, mas de modo conflituoso, abordando dor, arrependimento e questionamento sem uma conclusão satisfatória.

A segunda metade do álbum abre de forma semelhante à primeira, com a voz balsâmica de Eilish enleada em cordas acústicas. Em "L’Amour de Ma Vie", Eilish oferece uma sofisticada canção de despedida de uma relação caótica, seguida pela obsessiva e desconcertante "The Diner". A acidez de "Bittersuite" arde em lume brando num bambolear tropical, e "Blue", a canção que encerra o álbum, impõe-se como uma das mais recompensadoras ondulações do disco, referenciando os seus diferentes redemoinhos, quer liricamente quer esteticamente.

"Hit Me Hard and Soft" é um testemunho do crescimento artístico de Billie Eilish, confirmando-a como uma voz relevante e influente da sua geração. Este álbum é uma viagem emocional, repleta de altos e baixos, que reflete as complexidades e as dores de crescimento da jovem artista. A sua capacidade de transformar sentimentos, sejam eles feios ou bonitos, em música arrebatadora, solidifica o seu lugar no panorama musical atual.

Billie Eilish anunciou na passada segunda-feira todas as datas da sua nova digressão mundial, em torno de “Hit Me Hard And Soft”. A digressão terá início no Quebeque, a 29 de setembro, passando por várias cidades no Canadá e Estados Unidos. Em fevereiro e março de 2025, Eilish visitará a Austrália, com uma tour europeia a realizar-se de abril a julho. Infelizmente, Portugal ficou de fora do roteiro, sendo que o mais perto que os fãs portugueses estarão de Billie Eilish será a 14 e 15 de junho, quando a artista atuar em Barcelona.

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