Imagem de apresentação de Anitta no MEO Marés Vivas: "Gente, eu sempre soube que era esta a bandeira!"
Backstage / Ana Quintanilha

Anitta no MEO Marés Vivas: "Gente, eu sempre soube que era esta a bandeira!"

Se os dois primeiros dias foram incríveis, com Bryan Adams e Maluma, o fecho foi épico! Entre MaroDiogo Piçarra, Jessie J e Anitta a multidão vibrou no melhor dia do festival.

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Sofia Felgueiras
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Paulo Pinho
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Ana Quintanilha
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Segunda-feira, 18 de Julho de 2022, às 09:27

Três é mesmo a conta certa! Não são dias nem a mais, nem a menos! O recinto esgotado acolheu 45.000 pessoas na data mais quente das três. Mesmo que fosse a mais fria, os termómetros escaldaram com a rainha do funk.

Mais um dia com um público maioritariamente jovem, com muitos cartazes de amor pelos seus ídolos e os outfits mais do que escolhidos a dedo para impressionar.

Eram quase 19 horas, num dia em que todos os concertos começaram mais tarde, por comparação, quando Maro abriu as hostes. Uma hora preenchida pela sua voz embalatória e a terminar em grande com o hino "Saudade Saudade".

Mas, na plateia, já as fãs de Diogo Piçarra gritavam com entusiasmo pelo seu ídolo. Um concerto muito completo, em bom português, com um show de luzes, fumos, bailarinos e alguns vídeos projetados. O registo intimista do cantor e tanto a proximidade como a preocupação para com as pessoas são pontos a destacar. O artista pediu ao público para recriar um momento, em fotografia, da última edição em que esteve presente, com um bonito pôr do sol e uma plateia muito composta de mãos no ar.

Não faltaram os êxitos de sempre como "Tu e Eu", "Dialeto", "História" e "Coração", bem como os novos sucessos "Sorriso" e "Monarquia", um momento partilhado com Bispo e que fez as delícias de todas as fãs.

E foi a vez da artista britânica Jessie J, já tão conhecida pelo seu incrível poder vocal. Irreverente, meia despida e cheia de brilhos, atingiu as notas de que todos têm inveja.

Muito brincalhona, explicou ao público algumas regras básicas de como saber estar: não cantar muito alto quando sabemos que a voz não é boa - quando forem ao hashtag dela, só vão aparecer vídeos com a sua imagem, mas com más vozes, que vão criar a ilusão de ser a dela - não cantar se não souberem a letra, pois nestas situações um "na, na, na" resulta muito melhor, do que acharem que as letras são fracas. E como não adorar este sentido de humor? "Domino", "Nobody?s Perfect", "Do It like a Dude" e "Price Tag" não faltaram para fazer a festa!

No final da noite, Anitta voltou a Portugal pouco tempo depois da atuação no Rock in Rio Lisboa, num espetáculo em que dançou muito mais do que cantou. Talvez por ser o final da tour, por estar exausta, e por se tratar de um regresso tão seguido. Mesmo assim, os fãs nunca saem desiludidos e é sempre bom abanar o esqueleto (para não mencionar outra parte).

Ainda houve tempo para brincar com a situação da bandeira, dirigindo-se ao público, desta vez, com uma de Portugal a dizer que sempre soube ser a bandeira certa. Os movimentos de traseiro do costume foram o ponto alto da noite, bem como as suas múltiplas bailarinas e ainda os hits "Downtown", "Envolver", "Terramoto", "Show das Poderosas" e "Dançarina".

Com ou sem muito poder vocal nesta data, encantou os fãs e provou ser a rainha do showbizz brasileiro.

Fica no ar o sentimento de ter totalmente valido a pena, ser algo a repetir e muita curiosidade sobre o cartaz do próximo ano.