MEO Marés Vivas: festivaleiros inabaláveis enfrentam a chuva com alegria no segundo dia

Ben Harper.

Ben Harper no MEO Marés Vivas / Paulo Pinho

No segundo dia do MEO Marés Vivas, a chuva não impediu os festivaleiros de celebrarem a música. Ben Harper, James Arthur e Rag'n'Bone Man foram os grandes destaques, proporcionando uma noite repleta de emoções e de grandes atuações em Vila Nova de Gaia.

domingo, 21 de julho de 2024, às 9:00
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O segundo dia do MEO Marés Vivas, em Vila Nova de Gaia, foi marcado pela persistência e alegria dos festivaleiros, que não se deixaram abater pela chuva. No sábado, dia 20 de julho, o recinto encheu-se de capas improvisadas e sorrisos determinados, provando que a música é mais forte que o mau tempo.

A tarde começou com Marisa Liz, que subiu ao palco MEO trazendo os temas do seu álbum "Girassóis e Tempestades", lançado em março de 2023, e do EP "Mensagens de Amor". A artista portuguesa encantou o público com a sua atuação, que contou com a participação especial da sua filha, Beatriz Oliveira, e um grupo de drag queens, adicionando cor e energia ao festival.

Às 20h00, Rag'n'Bone Man tomou o palco, e apesar da chuva persistente, o público manteve-se firme. O cantor e compositor inglês, que se estreou em Portugal em 2018, no festival NOS Alive, apresentou os seus grandes sucessos, incluindo "Skin", "Lovers in a Past Life", "Crossfire", "Human" e "Giant", todos recebidos com entusiasmo pelos presentes.

James Arthur foi o seguinte a aquecer os corações dos festivaleiros. Conhecido por suas baladas emocionantes, o britânico trouxe ao MEO Marés Vivas sucessos como "Blindside", "Impossible", "Naked" e "Say You Won't Let Go". Numa noite fria e chuvosa, Arthur proporcionou um espetáculo que envolveu todos os presentes, culminando numa versão emotiva de "A Thousand Years", de Christina Perri.

Depois da hora de jantar, a chuva deu tréguas e Ben Harper subiu ao palco principal para encerrar o segundo dia do festival. O músico, que se estreou no MEO Marés Vivas há 14 anos, foi recebido calorosamente pelo público, evidenciando a sua longa relação com Portugal, que começou em 1996 e já conta com mais de 20 concertos no país.

Ben Harper, com o seu característico gorro e um sorriso acolhedor, deu início ao espetáculo com os acordes de "Below Sea Level", do álbum "Bloodline Maintenance" de 2022. O público fez silêncio para ouvir a sua voz potente, que se destacou ainda mais quando o artista se afastou do microfone, criando um momento íntimo e inesquecível.

O concerto seguiu com "Diamonds On The Inside", uma canção que celebrou 20 anos em 2023, e que foi a primeira a fazer o público cantar em uníssono. Outros temas marcantes da noite incluíram "Burn To Shine", "Don’t Give Up on Me Now", "Finding Our Way" e a popular "Steal My Kisses". Harper, sempre próximo do público, também não deixou de fora canções como "Walk Away", "Waiting On An Angel", "She's Only Happy In The Sun", "Burn One Down", "Say You Will" e "With My Own Two Hands".

Para o final, Ben Harper reservou uma surpresa especial com a interpretação de "Boa Sorte", tema gravado com a brasileira Vanessa da Mata. Ao longo da noite, a cumplicidade entre o músico e os festivaleiros foi total, resultando numa atmosfera de pura alegria e celebração. No final do espetáculo, sorrisos radiantes espalharam-se pelo recinto, encerrando a segunda noite do MEO Marés Vivas de forma memorável.

Além dos destaques internacionais, o festival contou também com a presença de artistas portugueses, tais como Soraia Tavares, Pedro Capó e Insert Coin, no Palco Moche. O Palco Comédia contou com Jel, Dagu, Jonas e Kenny Simões. E para os amantes dos ritmos brasileiros, a habitual Orquestra Bamba Social.

No terceiro dia, a banda escocesa Snow Patrol e o ex-One Direction Louis Tomlinson subiram ao palco, enquanto os portugueses Ornatos Violeta e António Zambujo encerraram o evento. Outros artistas como Rúben Branco, Diana Castro, Mundo Segundo & Convidados e Jura também marcaram presença.

Para facilitar o acesso ao festival, a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) disponibilizou um serviço vaivém entre os Aliados (Porto) e o recinto do festival, funcionando entre as 16h00 e as 4h00, permitindo um transporte conveniente para todos os festivaleiros.