Rock in Rio Lisboa: Evanescence misturam sucessos do passado com mensagens de hoje

Evanescence no Rock in Rio Lisboa, 2024.

Evanescence / Paulo Pinho

Os Evanescence, liderados por Amy Lee, marcaram presença no Rock in Rio Lisboa pela terceira vez, trazendo um público nostálgico ao som de clássicos como "My Immortal" e "Bring Me to Life". A vocalista demonstrou grande energia, mas a participação do público não refletiu as 80 mil pessoas presentes. A banda continua a impactar com músicas que atravessam gerações, mesmo 20 anos após o lançamento do álbum "Fallen".

domingo, 16 de junho de 2024, às 8:30
Publicidade

Os Evanescence, liderados por Amy Lee, subiram ao Palco Mundo do Rock in Rio Lisboa pela terceira vez, trazendo consigo um público que ainda vibra com os grandes sucessos da banda. Sucessos como "My Immortal" e "Bring Me to Life" continuam a ressoar entre os fãs, que cantaram cada palavra como se as tivessem ouvido pela primeira vez ontem. Embora Amy Lee estivesse em excelente forma, o coro do público não refletiu a grandiosidade das 80 mil pessoas presentes.

Há 20 anos, os Evanescence foram uma das bandas destacadas na primeira edição do Rock in Rio Lisboa, impulsionados pelo sucesso de temas como "Going Under" e "Bring Me to Life", a última destacada pela sua inclusão no filme "Demolidor – O Homem Sem Medo". Apesar de não terem conseguido replicar o impacto do álbum de estreia "Fallen", a banda, ainda liderada por Amy Lee, permanece na memória dos fãs. No novo recinto do Rock in Rio, Amy Lee percebeu que a maioria dos presentes estava lá pelos clássicos, mas deu tudo de si em cada música do alinhamento.

Após um início com "Killing in the Name" dos Rage Against the Machine como introdução, os Evanescence arrancaram com "Broken Pieces Shine" do álbum mais recente, "The Bitter Truth" de 2021. A voz de Amy Lee, alternando entre o angelical e o intenso, manteve-se sólida, enquanto a banda entregou uma performance coesa, com músicas que soam atuais mas que remetem a um passado familiar. Canções como "Wasted on You" e "Use My Voice" destacaram-se, com Amy Lee incentivando o público a usar a sua voz e lutar pelo que acreditam.

Com "Sweet Sacrifice", a banda trouxe uma energia potente que transicionou para a eletricidade de "Yeah Right", evocando sons de Goldfrapp e Marilyn Manson. "Olá, Lisboa. É incrível estar convosco de novo neste palco enorme. Nem consigo ver quem está lá atrás. Vamos adorar-vos para sempre", declarou Amy Lee, encantada com a "vista".

Entre o melancólico "My Heart is Broken" ao piano e a assombrosa "End of the Dream", a resposta do público foi contida. A energia de Amy Lee, pedindo mais entusiasmo, parecia confrontar o frio que começava a descer com o pôr do sol. "Going Under" despertou os fãs mais casuais, e "Call Me When You’re Sober", do segundo álbum "The Open Door" de 2006, voltou a animar o público.

Os grandes momentos ficaram reservados para o final, com a tocante "My Immortal" a unificar as vozes na plateia, culminando no explosivo encerramento com "Bring Me to Life".

Alinhamento completo do concerto:

Broken Pieces Shine
Made of Stone
Sweet Sacrifice
Yeah Right
Taking Over Me
The Game Is Over
My Heart is Broken
Wasted on You
The Change
The End Of The Dream
Going Under
Better Without You
Call Me When You’re Sober
Imaginary
Use My Voice
My Immortal
Bring Me To Life