MEO Marés Vivas: Scorpions e Xutos & Pontapés em noite de rock

Rudolf Schenker, guitarrista dos Scorpions / Ana Quintanilha
O primeiro dia do MEO Marés Vivas arrancou com lotação esgotada em Vila Nova de Gaia, com Scorpions e Xutos & Pontapés em destaque.
O festival MEO Marés Vivas abriu portas esta sexta-feira, 18 de julho, no antigo parque de campismo da Madalena, em Vila Nova de Gaia. A edição deste ano, segundo Jorge Lopes, diretor da PEV Entertainment, está "totalmente esgotada".
O primeiro dia teve o rock como protagonista, com atuações de Hybrid Theory, Marcus King, Xutos & Pontapés e Scorpions no Palco MEO.
Coube aos Hybrid Theory abrir o Palco MEO com uma atuação enérgica e tecnicamente irrepreensível. "Numb", "One Step Closer" e "In the End" foram alguns dos temas que ecoaram pelo recinto, num concerto que provou por que razão esta banda de tributo continua a conquistar público por onde passa.
Marcus King estreou-se em Portugal com um concerto centrado nos álbuns "El Dorado" e "Mood Swing". Com influências do blues, do soul e do rock clássico, revelou um timbre marcante e uma presença sólida em palco. Para muitos no recinto, foi uma descoberta imediata.
Antes dos Scorpions, os Xutos & Pontapés assumiram o comando do recinto com a força de quem marca há décadas o rock português. Ao som de temas como "Para Ti Maria", "Circo de Feras", "Enquanto a Noite Cai" e "Não Sou o Único", confirmaram a ligação única que mantêm com o público.
Tim puxou pela multidão do princípio ao fim, com letras entoadas em uníssono e braços erguidos num ambiente de total comunhão. O concerto encerrou com "O Homem do Leme", acompanhado a plenos pulmões por milhares de vozes.
O concerto dos Scorpions encerrou a noite com a força de quem transporta 60 anos de carreira. No ecrã, imagens de palco e estrada revelaram uma digressão com presença em 83 países. A banda alemã apresentou um alinhamento sólido, entre baladas e hinos de hard rock, sem esquecer os clássicos incontornáveis: "Send Me an Angel", "Wind of Change" ou "Still Loving You".
Apesar da idade pesar já na presença de Klaus Meine, a energia das guitarras e da bateria manteve o público rendido. O instrumental afinado e a entrega em palco confirmam por que motivo os Scorpions continuam a ser uma referência mundial.
O festival decorre até domingo, com cinco palcos e dezenas de artistas nacionais e internacionais. Este sábado, a lotação está novamente esgotada. O destaque vai para os Thirty Seconds to Mars, que sobem ao palco principal com o álbum "It’s the End of the World But It’s a Beautiful Day".
O cartaz do segundo dia inclui ainda Miguel Araújo e Os Quatro e Meia, Nena e Joana Almeirante, e o duo Luís Trigacheiro & Buba Espinho. No domingo, último dia do festival, Pedro Sampaio encerra o Palco MEO, depois das atuações de Calema, Ozuna e Nenny.