Tate Mcrae em Portugal: Que comece a Miss Possessive World Tour

Tate Mcrae.

Tate Mcrae / Elizabeth Saravo

Arrancou ontem, 7 de maio, na MEO Arena, em Lisboa, a “Miss Possessive World Tour” de Tate McRae, que assinalou o regresso da artista canadiana a Portugal.

quinta-feira, 8 de maio de 2025, às 17:25
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Tate McRae regressou a Portugal na terça-feira, 7 de maio, com um concerto na MEO Arena, em Lisboa, onde deu início à “Miss Possessive World Tour”. Um ano depois de ter esgotado o Coliseu dos Recreios, a artista canadiana de 21 anos estreou-se na maior sala do país com lotação esgotada e reafirmou o estatuto de uma das vozes em ascensão no panorama do pop internacional.

Antes de entrar no concerto em si, é impossível ignorar a legião de fãs adolescentes que Tate McRae arrasta. Maioritariamente jovens, muitos vestiram-se a rigor: padrões leopardo, t-shirts largas estilo basebol e uma atitude desinibida, pronta para gritar cada verso como se fosse o último.

A noite começou com Beene, autora do tema viral "Supalonely", que aqueceu o ambiente para a entrada de Tate McRae. Assim que pisou o palco, a receção foi imediata: gritos, braços erguidos e uma plateia em uníssono desde os primeiros versos.

A produção esteve à altura das expectativas: estruturas móveis, luzes coreografadas, efeitos visuais, trocas de figurino e uma cenografia cuidada. A artista e os bailarinos mostraram-se em plena forma. Tate McRae destacou-se pela sensualidade, precisão e entrega, afirmando-se como uma figura incontornável da pop contemporânea abaixo dos 30 anos. O espetáculo trouxe à memória os grandes momentos da era Britney Spears, mas com uma roupagem moderna e tecnológica.

O alinhamento centrou-se no novo álbum "So Close to What", mas houve espaço para revisitar os primeiros êxitos da cantora em versões mais intimistas ao piano. Num palco secundário, mais próximo da plateia, interpretou de forma crua temas como "Friends Don’t Look at Friends That Way" e "Chaotic", partilhando memórias da adolescência e da solidão que sentiu em fases de mudança. "You Broke Me First" provocou euforia generalizada, culminando com a estreia ao vivo de "Nostalgia", balada incluída no novo disco.

Nos momentos mais enérgicos do concerto, Tate McRae revelou total domínio de palco. A formação como bailarina tornou-se evidente na precisão dos movimentos, aliada a uma presença confiante e sem pudores. O guarda-roupa arrojado, com peças justas e ousadas, reforçou a estética da artista, que soube usá-lo a seu favor. O público correspondeu com entusiasmo, num ambiente de comunhão e catarse.

O vídeo de abertura traçou o retrato perfeito da artista e preparou o terreno para temas como "Miss Possessive" e "No I’m Not in Love", com coreografias impactantes. "Sports Car" e "Greedy" encerraram a noite em clima de euforia. Tate McRae confirmou-se como uma performer completa, herdeira do espírito das grandes divas do pop dos anos 2000, como as Pussycat Dolls ou Jennifer Lopez, mas com voz e estética próprias.

No final, despediu-se com um agradecimento: "Adoro-vos tanto. Obrigada por estarem aqui." A digressão continua por várias cidades europeias, mas Lisboa voltou a render-se à presença e intensidade da artista canadiana.

Foi uma noite que ficará na memória de muitos, até daqueles que ainda não eram fãs convictos, mas saíram convertidos. O concerto superou as expectativas e deixou a promessa de um futuro ainda mais brilhante para Tate McRae.

Alinhamento completo do concerto:

Miss possessive
No I'm not in love
2 hands
guilty conscience
Purple lace bra
Like I do
uh oh
Dear god
Siren sounds
Greenlight
Nostalgia
that way / chaotic / One Day
you broke me first
run for te hills
exes
bloodonmyhands
she's all i wanna be
Resolving door
It's ok I'm ok
Sports car
greedy
I know love

Última atualização: quarta-feira, 21 de maio de 2025, às 17:26