Linkin Park - "From Zero": Momentos épicos ofuscados por algumas falhas
"From Zero" é, provavelmente, o maior regresso do rock nos últimos anos, que apresenta uma mistura intrigante de "rock de estádio" sensacional e algumas composições surpreendentemente cansadas.
Sete anos depois da trágica morte de Chester Bennington, From Zero marca o tão esperado regresso dos Linkin Park. O álbum mistura momentos de rock grandioso e energético com algumas faixas que, apesar de interessantes, falham em surpreender, deixando a desejar em certos aspectos do songwriting.
A nova formação da banda, com Emily Armstrong como vocalista e Colin Brittain na bateria, traz uma sonoridade renovada, mas ainda fiel às suas raízes, que atrai tanto os fãs antigos quanto os novos. O single de regresso, The Emptiness Machine, rapidamente se tornou um dos maiores êxitos de 2024, com a sua construção tensa e a energia da banda, que culmina na poderosa atuação de Emily.
Outros destaques incluem Heavy Is The Crown, que resgata a energia crua de álbuns como Meteora e Hybrid Theory, e a emocionante Over Each Other, que evoca a grandiosidade do "rock de estádio", com influências que remetem aos sucessos mais recentes de Bring Me The Horizon.
No entanto, From Zero não está isento de falhas. Faixas como Cut The Bridge soam pouco inspiradas e mal desenvolvidas, enquanto Overflow, apesar da promessa de uma sonoridade dark-pop, lembra demais o fraco One More Light de 2017. A tentativa de forçar uma sonoridade excessivamente pesada em Casualty também não resulta, com um riff sem impacto e a atuação de Shinoda que não se ajusta à música.
Apesar disso, From Zero é um reinício para os Linkin Park, que homenageia o legado da banda e a sua evolução. O álbum, com os seus altos e baixos, confirma a banda como uma das mais importantes do rock contemporâneo, provando que, mesmo com falhas, continuam a ter o poder de capturar a atenção global.
Ouça o novo álbum "From Zero" completo abaixo