Ana Moura no MEO Kalorama: O fado também dança
Ana Moura subiu ao palco do festival MEO Kalorama para mostrar que o público já ultrapassou as fronteiras do fado. Combinando pop, ritmos quentes e o fado que lhe corre nas veias, fez do seu concerto um dos momentos altos do festival. Apresentou novas músicas e partilhou um dueto com Pedro Mafama.
Ana Moura subiu ao palco do festival MEO Kalorama para mostrar que o público já ultrapassou há muito as fronteiras do fado. Combinando pop, ritmos quentes e o fado que lhe corre nas veias, fez do seu concerto um dos momentos altos do festival. Durante uma hora, a fadista apresentou os temais mais marcantes do seu álbum "Casa Guilhermina" e surpreendeu o público com a estreia de um novo tema que será lançada em setembro. Durante o concerto, interpretou também uma versão de um sucesso dos Calema e convidou o seu companheiro, Pedro Mafama, para um dueto envolvente.
O concerto iniciou-se com "Lá Vai Ela", um dos temas mais pop da sua carreira, acompanhada por imagens da sua "Casa Guilhermina" no ecrã gigante. Seguindo a coreografia dos bailarinos, Ana Moura abriu o concerto com ritmos intensos, passando de "Andorinhas’"para a percussão de "Calunga", evocando Angola e as saudades de Amália através dos movimentos dos xailes brancos. "Boa noite, Kalorama. Bem-vindos à "Casa Guilhermina", saudou a artista, antes de aquecer a plateia com "Desfado", mesmo com a ameaça de chuva no ar.
Com "Te Amo", uma versão de um sucesso dos Calema, preparou o público para a estreia da noite: "Tenho uma surpresa para vocês, um tema novo que vai sair em setembro", anunciou, antes de apresentar "Desliza". A energia do fandango deu lugar a uma vibrante "Arraial Triste", acompanhada por uma mudança de figurino para um vestido branco rendado. O momento mais marcante da noite chegou com "Loucura (Sou do Fado)", cantada sem acompanhamento, com a sua voz a ecoar pelo Parque da Bela Vista, levando a uma ovação emocionada.
Mais tarde, "Agarra em Mim" trouxe Pedro Mafama ao palco para um dueto que começou ao estilo de "Grease" e terminou com uma dança e um beijo. "Estamos a chegar ao fim", avisou Ana Moura, explicando que guardou para o final a peça central de "Casa Guilhermina". "É uma música dedicada a uma das pessoas mais importantes da minha vida, a minha prima Cláudia, que escrevi pouco tempo depois de ela falecer". Com "Mázia", a fadista convidou o público a "girar", primeiro com a versão original e depois com uma remistura de Vanyfox.